sábado, 12 de fevereiro de 2011

Homossexual


(Autoria: Aldair Marcos Lanz )

A primeira noite
Daquele homossexual
É vista com maus olhos
Pela galera do mal
O que se diria
Das reviravoltas daquele adolescente
Seu desejo insano
Deixou suas entranhas muito quentes
Desde pequeno...
Se viu diferente

                Deus não nos fez assim
                Pra ignorar o próprio saco
                Até concordo com Darwin
                São frutos da evolução do macaco
                Somente animais irracionais
                Possuem tendências homossexuais(2x)

Percebeu seu instinto
A localização exata do seu órgão sexual
Segurando seu membro urinário
Viu que ele era meio sem sal
Na hora de defecar
Enquanto as fezes abriam caminho
Os orgasmos eram expontâneos
Parece que não estava sozinho
Até sentiu...
Seus excrementos voltando ao intestino

                Deus não nos fez assim
                Pra ignorar o próprio saco
                Até concordo com Darwin
                São frutos da evolução do macaco
                Somente animais irracionais
                Possuem tendências homossexuais(2x)

Optou deixar tudo às claras
Mesmo sabendo que seria descriminado
O povo ria e abusava:
“Mais um que virou viado!”
Cada um tem sua opinião
Uns preferem levar
Virar presa, experimentar outra sensação
Começa sempre assim...
Brotando do traseiro o tesão

                Deus não nos fez assim
                Pra ignorar o próprio saco
                Até concordo com Darwin
                São frutos da evolução do macaco
                Somente animais irracionais
                Possuem tendências homossexuais(2x)

Algo bom me espera
Essa noite promete
Hoje vou faturar
Meus clientes chegaram a sete
Mudei o rumo natural
De tudo que é descente
Meu ânus foi feito pra defecar
Eu o uso diferente
Dou muito prazer...
Há um grande número de dementes

                Deus não nos fez assim
                Pra ignorar o próprio saco
                Até concordo com Darwin
                São frutos da evolução do macaco
                Somente animais irracionais
                Possuem tendências homossexuais(2x)

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Rudolf e o Seu Novo País

Autoria: Aldair Marcos Lanz

Rudolf queria mudar o que via
Dar um fim em tanta covardia
Formou em seu íntimo um plano
Formar um mundo mais humano
Precisava pra sua causa militantes
E levantar uma grana suficiente
Poderia pedir ou simplesmente roubar
Preferiu com a primeira opção trabalhar
Materializou os desejos de seu coração
Arrebanhou milhares, criou uma legião
Porque sair do zero, criar do nada
Se poderia ocupar terras habitadas
Elaborou planos bem elaborados
Marchou com exércitos armados
Tomou uma cidade esquecida
Deixou a população com vida
Não teve piedade de nenhum fardado
Todos foram imediatamente enforcados
Deixaram de semear o mal
Para formar um macabro cartão postal
No outro lado muito mais exuberante
As forcas abraçaram muitos traficantes
Rudolf explodiu num riso sarcástico
Por dar fim à guerra boba do tráfico

País, eu quero um novo país
Um lugar decente pra viver feliz(2x)

No novo mundo, na nova vida
Pobres não choram pedindo comida
Tirando impostos é possível comprar
Por um preço irrisório o que você sonhar
Governantes idiotas foram banidos
Quem mandou olhar pro próprio umbigo
Não precisamos da justiça injusta
Para escolher inocentes pra pôr a culpa
Integrantes idôneos formam um júri novo
Culpado ou inocente quem decide é o povo
Quem sofreu o dano bate o martelo
Agora tem na mão o queijo e o cutelo
Aquela velha cadeira elétrica empoeirada
Ainda está sendo muito usada
Criminosos não voltam mais a agir
Os que escapam vão ter que produzir
Em campos de trabalhos forçados
Podem meditar sobre seu passado
Um dia poderão começar nova vida lá fora
Monitorados vinte e quatro horas
Somente um só deslize dará motivo
Para passar uma vida de afazeres exaustivos
Cárcere, jaula, perpétuo tranco
Dos miseráveis aos de colarinho branco

País, eu quero um novo país
Um lugar decente pra viver feliz(2x)

Um policiamento sem muito o que fazer
Com um salário de político pra não se perder
Nunca mais se envergonhar por vestir
A surrada farda, vestimenta cor caqui
Sem automóveis para multar
Nossa constituição proibe roubar
Dos pequenos que rodam na lei
E da galera que só sai depois das seis
Não criamos fardados nem paisanos
Pra sugar até nossos pêlos pubianos
Carros só pagam pela gasolina
Só exigimos andar na linha
Sem multas e taxas anuais
O orçamento familiar cresce mais
Ninguém aqui paga pelo que não usa
Nossa consciência nunca nos acusa
Não precisamos impôr impostos altos
Pra sustentar a minoria do Planalto
A máquina funciona sem absurdos
Nosso governo vende produtos
Com a marca de um país cabeça
Que trabalha pra que tudo aconteça
Quem possui suas próprias fábricas
Não faz do povo elenco de nenhuma sátira

País, eu quero um novo país
Um lugar decente pra viver feliz(2x)

Sou Pobre

Autoria: Aldair Marcos Lanz

Sou um pobre estressado
De mim ninguém tem pena
Fico de braços cruzados
E culpo o sistema
Nunca tive oportunidade
Para mudar meu estado
Se fico muito à vontade
Serei sempre um coitado

            Sou pobre
            Do bom e do melhor me privo
            Sou pobre
            Na merda eu vivo (2x)

Não tenho dinheiro
Quero sair desse bueiro
Não sou defunto não sou zumbi
Estou muito bem vivo
Vou insistir
Num novo objetivo
Sair desse mar de desgraças
Parar de me debater
Fazer algo que ninguém faça
Ser o único a vencer

            Sou pobre
            Do bom e do melhor me privo
            Sou pobre
            Na merda eu vivo(2x)

Tá na hora de mudar
Tá na hora de procurar
Uma nova perspectiva
Um novo rumo pra sua vida
Aprenda, invente
Faça algo diferente
Compre, venda
Só se dá bem quem tenta
            
            Sou pobre
            Do bom e do melhor me privo
            Sou pobre
            Na merda eu vivo (2x)


domingo, 30 de janeiro de 2011

Feridas

Autoria: Aldair Marcos Lanz

O verme tá na ferida
Nunca cicatriza
Chagas originadas
Em uma vida desgraçada
Punhais cegos
Lá no fundo do ego
Apunhaladas nas costas
Oriundas de um Brasil de bosta

Será que é decência
Viver em estado de dormência
Ignorar a realidade
Deixar de ver a verdade
Nenhum milagroso ungüento
Estanca teus ferimentos
Nasce uma nova cicatriz
Quando você se conforma
Com esse Brasil infeliz

Deixe tua inércia
Limpe o musgo das pernas
Desperte para um novo dia
Não aceite tua paralisia
Livre-se das garras do mal
Responsável por tua atrofia mental
Ignore a sugestão dos maus
Que transformam o Brasil
Num verdadeiro caos

Busque socorro
Uma vida digna vale ouro
Se o sangue jorra ainda
A má distribuição não foi extinta
Levante a tampa do sarcófago
E ressuscite seu lado gótico
Faça a sua parte e aguarde o regresso
Do antigo Brasil da “Ordem e Progresso”!
(Repetir toda a letra 2x)

sábado, 29 de janeiro de 2011

Homem-Buceto

Autoria: Aldair Marcos Lanz

Comi loira, comi morena
Comi mulher gigante e mulher pequena
Comi mulher bonita e também mulher feia
Comi garota de faculdade
E mulher com pouca telha
Comi garotas com silicone e mulher sem peito
Comi mulher com muita carne
E até mulher-esqueleto
Gosto tanto da coisa que até me chamam
De homem-buceto
           
Mas a coisa mais triste do mundo
É nunca ter comido uma buceta que tivesse fundo(2x)

Nessa minha busca
Comi muito capô de fusca
Comi mulher decente e também vagabunda
Comi mulher-tábua e outras com muita bunda
Comi mulher peluda e também mulher raspada
Comi buceta apertadinha e outras esgaçada
Só não comi ainda mulher gozada

Mas a coisa mais triste do mundo
É nunca ter comido uma buceta que tivesse fundo(2x)

Trepei na posição mamãe papai e também de quatro
Umas demorei pra gozar, outras foi no ato
Com as molhadinhas a foda foi legal
Com as que não estavam lubrificando
Quem sofreu foi o meu pau
Que entrava sempre rasgando.
Mas a minha busca ainda não teve fim
Se alguma mulher quiser venha pra mim
Prometo que vai demorar apenas alguns segundos
Nem que eu morra fudendo,
Ainda vou comer uma buceta que não tenha fundo.

Mas a coisa mais triste do mundo
É nunca ter comido uma buceta que tivesse fundo(2x)


Marte, o Planeta Vermelho

Autoria: Aldair Marcos Lanz

Moro em Marte, o Planeta Vermelho
Distante de tudo que causa medo
O único lugar seguro do sistema solar
Quem quiser viver bem é só se teletransportar
Bem diferente da Terra
Aqui não fazemos guerra
Não resolvemos tudo na luta
Com exército, general e recruta
Aqui cuido bem o que faço
Quem erra é expelido pro espaço
Vivendo com toda provisão
Conforme sua estimativa de vida
Nas naves-presídio não tem superlotação
E nem retorno para as suas famílias
Eles tem muita sorte
De em Marte não ter pena de morte
Quem é do crime até agradece por isso
Poderiam ter um pior castigo
Viver desgraçadamente outra vez
No Planeta Terra, pelo menos um dia por mês

            Hoje até vejo meu sorriso no espelho
            Porque vivo numa boa no Planeta Vermelho(2x)

Nossa moeda vigente é o trabalho
Faxineiro e médico ganham o mesmo salário
Quem trabalha come
Quem não trabalha passa fome
Sem uso de dinheiro muitos crimes são evitados
Tudo à base da troca exclui os mal-intencionados
Cada um tem o quer
Carro, casa e mulher
Mas o melhor bem adquirido
Ainda é ser um cidadão respeitado
Um dia até posso voltar ao Planeta Azul
Se for pra morar, vou morar na Região Sul
No sul do Brasil
Lugar melhor ainda não existiu

            Eu nada mais receio
            Porque vivo numa boa no Planeta Vermelho(2x)

Julgamento Final

Autoria: Aldair Marcos Lanz

Este mundo será aniquilado
Qual será o teu futuro agora?
Você será então julgado
Por todos os teus atos de outrora
Te julgará aquela mulher faminta
Que mandei bater à sua porta
Ainda disseste: "Esta raça deve ser extinta"
Agora não tem mais volta

            Culpado, culpado
            Dinheiro não te dá mais segurança
            Culpado, culpado
            Ninguém escapa da justa balança

Nem quiseste dar ao menos um pouco
Disseste: "Sou muito batalhador
Nunca agirei como louco
Doando nem mesmo moedas de pequeno valor"
Não ouviste o gemido das minhas crianças
Que te pediram apenas um pedaço de pão
Dos seus lábios ouvirás a derradeira sentença
É tarde para mostrar humilhação

            Culpado, culpado
            Dinheiro não te dá mais segurança
            Culpado, culpado
            Ninguém escapa da justa balança

Não adiantou colecionar amigos
E fazê-los tão importantes
Enquanto choravam teus filhos
Por ter um pai sempre ausente
Trocaste tua mulher sempre pura
Por achar agora sua companhia tão banal
As feridas que você causou já não tem mais cura
Ninguém mais te livrará do julgamento final

            Culpado, culpado
            Dinheiro não te dá mais segurança
            Culpado, culpado
            Ninguém escapa da justa balança